terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O grito contra os "Pré-Conceitos".

     Eu negro, eu pardo, eu branco.

     Eu João, eu Maria.

     Eu Brasil, eu África, eu EUA.

     Sempre exposto, sempre verbo.

      Mais sou negro, sou raiz e existo.

      Invisível no mundo visível.

       Assim vou sendo verbo social. Indireto pessoal. E mais um número adicional, em todo esse enredo, onde só tem valor quem tem capital.

        O que não tem voz no comercial, o que é minoria no jornal, o que parece não existir no topo da pirâmide social, e que pra estar na novela parece precisar da cota adicional pra fazer papel do trabalhador braçal.

      A essas cotas!

      Que vieram pra tentar arrumar um abalo cultural de nível internacional e dano mundial.

        Mas que na real, a burguesia te faz pensar ser imoral.

     Imoral assumir meu atraso cultural e social?

      Que até hoje coloca meu povo no telejornal como o verbo que só prática o mal, acho que agora estamos vendo quem se faz imoral na sua afirmação irracional. 

      Queríamos nós não precisar da cota racial pra ter mais chances de estudar pra ter capital nesse capitalismo irreal, mais infelizmente nosso ancestral sofreu sendo produto do capital do mesmo burguês que julga as costas imorais.

      Fomos o produto da produção que alimentou esse mundão, e Pós-escravidão ainda somos tratados como se o mundo não visse o prejuízo deixado.

       E deixa eu te contar, o meu povo fez festa enquanto não se tinha o que celebrar, juntou forças quando não se tinha mais da onde tirar, e venceu!

     Bob Marley, Malcolm X, Luther King, homens que morreram tentando te mostrar que enquanto a cor da pele continua tendo mais valor do que o brilho de cada alma, haverá pré- conceitos formados pra cada novo conceito criado para abater o seu preconceito enraizado.


       20 de novembro é bem mais que o Dia da Consciência Negra, é o dia da luta negra, é a honra a tantos de nós que morreram lutando na esperança desse dia chegar, o dia em que podemos comemorar sem medo dos senhores burgueses acordarem diante da festa que estamos fazendo, ainda não é como sabemos que deveria ser, mais hoje eu tenho orgulho de gritar por mundo eu tenho o sangue de quem construiu e resistiu acreditando que a mudança iria chegar e ela vai continuar!

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